A recente decisão de proibir rastros químicos no Tennessee e na Flórida motivou legislação semelhante em outros estados.
O que começou como uma teoria da conspiração infundada transformou-se em um movimento legislativo cada vez mais disseminado, que agora se espalhou para oito estados dos EUA (com possivelmente mais a caminho).
A conspiração dos "rastros químicos" começou na década de 1990, quando surgiu uma teoria sugerindo que os rastros de vapor de aeronaves de alta altitude, frequentemente vistos cruzando o céu, são, na verdade, rastros de produtos químicos pulverizados deliberadamente pelo governo para propósitos obscuros e nefastos.
Embora várias agendas possíveis tenham sido apresentadas, desde testes de armas químicas ou biológicas até modificações climáticas, nunca foi apresentada nenhuma evidência conclusiva de que esses rastros sejam algo preocupante.
No entanto, nos últimos anos, tanto o Tennessee quanto a Flórida introduziram leis para tornar tais atividades ilegais ou, mais especificamente, para proibir a "injeção, liberação ou dispersão, por qualquer meio, de um produto químico na atmosfera com o propósito expresso de afetar a temperatura, o tempo, o clima ou a intensidade da luz solar".
Embora os críticos argumentem que esses projetos de lei são uma perda de tempo, vários outros estados — incluindo Louisiana, Texas, Kentucky, Minnesota e Dakota do Norte — também estão procurando introduzir sua própria legislação equivalente.
Timothy Tangherlini, professor da Escola de Informação de Berkeley, cita o Agente Laranja (herbicida usado durante a Guerra do Vietnã) como um excelente exemplo.
"Há certas coisas pulverizadas por aviões que tiveram um impacto enorme no meio ambiente e na saúde das pessoas", disse ele.
"Cinquenta anos depois, há uma profunda desconfiança em relação ao governo e às coisas que voam."
Ainda não há informações se mais estados decidirão introduzir sua própria legislação para combater tais práticas.