O fenômeno foi detectado na região de Afar, na Etiópia, consistindo em "pulsos" rítmicos de rocha do manto derretido que se elevam como um batimento cardíaco nas profundezas do subsolo.
Isso empurrou a região para cima, expandindo a crosta no processo.
Eventualmente, isso rasgará o próprio continente e formará um novo oceano.
"Descobrimos que o manto sob Afar não é uniforme ou estacionário — ele pulsa, e esses pulsos carregam assinaturas químicas distintas", disse a cientista líder do estudo, Emma Watson.
"Esses pulsos ascendentes de manto parcialmente derretido são canalizados pelas placas em rifte acima. Isso é importante para entendermos sobre a interação entre o interior da Terra e sua superfície."
Felizmente para os humanos qualquer reviravolta tectônica monumental causada por esse fenômeno não ocorrerá tão cedo.
"Descobrimos que a evolução das ressurgências do manto profundo está intimamente ligada ao movimento das placas acima. Isso tem implicações profundas para a forma como interpretamos o vulcanismo de superfície, a atividade sísmica e o processo de ruptura continental", disse o coautor do estudo, Derek Keir.
"O trabalho mostra que as ressurgências do manto profundo podem fluir abaixo da base das placas tectônicas e ajudar a concentrar a atividade vulcânica onde a placa tectônica é mais fina."