De acordo com Stamatis, tudo começou alguns meses antes do incidente. Um dia, quando ela estava fazendo suas tarefas domésticas, seus pensamentos foram invadidos por uma voz em sua cabeça. A voz era alta e clara como se alguém estivesse bem ao lado dela, sussurrando em seu ouvido coisas horríveis. A voz ia e vinha, geralmente dizendo coisas obscenas e às vezes instando-a a se matar, além de colocar “pensamentos sombrios” em sua cabeça. Ela às vezes entrava em uma espécie de torpor em que seus pensamentos se tornavam uma confusão, colocando-a em uma espécie de estado de sonho acordado. Esse estranho fenômeno aconteceu pela primeira vez enquanto ela estava trabalhando. Ela tinha acabado de cuidar de um paciente no Baptist Health Medical Center, em Little Rock, quando sua mente de repente ficou confusa por uma névoa que surgiu do nada. Ela então vagou pelo hospital, sem ser capaz de reconhecer onde estava. Essas neblinas mentais começaram a aumentar com frequência fazendo ela se esquecer do que estava fazendo no momento, se sentia incapaz de andar em linha reta, fazer até mesmo as tarefas mais simples e às vezes até esquecer seu próprio nome, como se estivesse temporariamente apagado da sua mente.
Essas crises de confusão e a voz em sua cabeça a fizeram começar a suspeitar que estava perdendo a capacidade mental ou tendo algum tipo de colapso. Ela só confidenciou ao marido e não contou a mais ninguém com medo de que as pessoas pensassem que ela era louca. Eles visitaram vários hospitais psiquiátricos, mas ninguém conseguiu descobrir o que havia de errado com ela, os médicos a mandaram para casa dizendo que não havia problema, seu estado mental estava se deteriorando. Seu comportamento tornou-se errático e estranho, com ela às vezes deixando escapar coisas inadequadas ou explodindo em acessos de raiva repentinos, gritando com amigos, família e colegas de trabalho. Durante uma reunião de família, ela tirou a roupa e começou a reclamar. Após esse incidente, ela foi levada à Clínica Mayo em Minnesota para um segundo exame sobre sua saúde mental.
Diante dessas novas informações, os médicos diagnosticaram uma condição rara chamada porfiria, na qual um desequilíbrio químico causa surtos de confusão mental e convulsões, além de disfunção do sistema nervoso, mas nem todos estavam tão convencidos. Enquanto ela estava se recuperando no hospital, Amy foi visitada por uma mulher misteriosa chamada Cindy Lawson, uma autodenominada curandeira que afirmava saber o que realmente estava acontecendo, e que eram demônios. De acordo com Lawson, Amy estava sendo atacada por forças demoníacas que tentavam possuí-la e, ao dizer isso Amy supostamente rosnou uma voz que não era sua dizendo "Por que você está aqui?" Lawson diria mais tarde:
O Senhor falou comigo e me disse para ir ao hospital para expulsar os demônios dela. Eu podia sentir algo se agitando. Eu pude ver os demônios.
Lawson que havia realizado 10 exorcismos em sua vida, realizou um exorcismo improvisado no local. Ela ungiu a testa de Amy com óleo e emitiu uma oração e uma ordem para que as forças demoníacas a deixassem. Depois disso, o estado mental de Amy voltou ao normal, as vozes pararam, assim como os episódios de confusão, mas infelizmente ela nunca mais recuperaria a capacidade de andar.