O mistério é algo que mexe com o imaginário da humanidade, de fato, o mundo e sua história são rodeados de situações inexplicáveis, o caso a seguir aconteceu há muitas décadas atrás.
Na pacata cidade de Diamantina, no ano de 1954, havia pequenas casas construídas no estilo colonial, as pedrinhas portuguesas embelezavam as ruas com seu colorido vibrante, próximo a um rio de águas cristalinas morava Amélia com seus pais e uma avó viúva. Sendo filha única todos os dias caminhava longas distâncias para ir a escola, a peregrinação não era fácil porque para chegar ao destino precisava cruzar uma densa mata, Amélia disse:
Naquele tempo o país era de muita mata, existiam poucas casas e tudo era muito distante, mas foram anos felizes, as pessoas eram mais humanas. A professora organizou grupos não deixando principalmente as meninas andarem sozinhas, ela estava certa; não era bom entrar na mata só.
Amélia e mais duas amigas costumavam passar por uma casa na beira do rio que sempre estava fechada, a casa era feita de madeira e na lateral tinha uma grande casa de cupim, as janelas momentaneamente encostadas balançavam com a ventania daquele dia:
Aquele homem estranho morava naquela casa sozinho, usava o mesmo chapéu e a mesma roupa, sempre sentado sobre uma pedra cortando madeira. Quando ele olhava para nós, fechava as janelas, acho que ele não gostava das pessoas. Agora tem algo mais estranho, nós saímos da escola atrasadas mais ou menos já anoitecendo, tivemos que passar por aquela casa; a porta e as janelas estavam abertas e lá dentro era pura escuridão, de repente ouvimos um grito e o homem estava na posição de um cachorro correndo lentamente com os olhos revirados.
Amélia e suas amigas ao correrem se dispersaram, a história foi se espalhando e nunca mais encontraram o homem, restando somente a casa e a lenda:
Fui chamada de louca por muitas pessoas, mas eu e as minhas amigas vimos que aquele homem tinha algo demoníaco no seu corpo; com certeza aquilo não era normal.