Os resultados mostraram que a expectativa de vida dos animais aumentou em 30% e também houve uma melhora na saúde geral. Os resultados do estudo foram publicados na revista Nature Aging.
O estudo utilizou os medicamentos rapamicina e trametinibe, usados para tratar diversas formas de câncer. A rapamicina já demonstrou prolongar a expectativa de vida em ensaios clínicos com animais, e o trametinibe já demonstrou efeitos semelhantes em moscas-das-frutas.
Os cientistas estudaram como cada medicamento afetou a expectativa de vida dos camundongos, tanto individualmente quanto em combinação. A rapamicina prolongou a expectativa de vida dos camundongos em 17% a 18%, enquanto o trametinibe acrescentou outros 7% a 16%. Juntos, seus efeitos foram significativamente mais potentes, aumentando a expectativa de vida em 26% a 35%.
É importante ressaltar que a expectativa de vida extra que os animais receberam não trouxe nenhuma deterioração na saúde. O tratamento combinado desacelerou o crescimento de tumores no fígado e no baço e reduziu a inflamação crônica em vários órgãos, incluindo o cérebro e os rins.
Os ratos tratados eram mais ativos na velhice e pesavam menos, além de apresentarem função cardíaca mais estável em comparação ao grupo de controle.
Embora os resultados do estudo sejam encorajadores, os cientistas alertam contra a expectativa de um aumento significativo na expectativa de vida humana. O foco está na melhoria da qualidade de vida na velhice.
A coautora do estudo e geneticista Linda Partridge enfatiza que os medicamentos podem ajudar as pessoas a se manterem saudáveis e ativas na velhice. Os testes em humanos devem começar nos próximos anos.