Durante anos, a questão de como os antigos egípcios conseguiram criar estruturas tão enormes usando apenas ferramentas primitivas permaneceu um dos debates mais acalorados em toda a arqueologia.
Muitos subscrevem a ideia de que os construtores destas maravilhas antigas devem ter contado com uma importante via navegável para transportar os enormes blocos de pedra usados para construí-las, mas hoje, as pirâmides estão situadas em áreas desérticas secas e qualquer água que possa ter corrido próximo delas já secaram há muito tempo.
"Ninguém tinha certeza da localização, da forma, do tamanho ou da proximidade desta megavia navegável ao local real das pirâmides", disse o principal autor do estudo, Prof Eman Ghoneim.
Graças a uma equipa internacional de cientistas que utilizou uma combinação de imagens de radar por satélite, mapas históricos, recolha de sedimentos e levantamentos geofísicos para estudar a área, a localização deste antigo curso de água foi finalmente encontrada.
Este braço há muito perdido do Nilo, que provavelmente foi soterrado pela seca e pelas tempestades de areia durante a antiguidade, teria passado direto por 31 pirâmides, incluindo as pirâmides de Gizé.
Os construtores destas estruturas teriam conseguido utilizar a água para transportar blocos de pedra diretamente para os locais de construção.
“[Este braço do rio estava] ativo e operacional durante a fase de construção destas pirâmides”, escreveram os autores do estudo.