Segundo o Daily Mail, o plano parece ficção científica, mas pode se tornar realidade em uma década; todos os dias, mais de 800 aeronaves gigantes levantariam milhões de toneladas de pó de giz a uma altura de 19 km acima da superfície da Terra e, em seguida, as espalhariam ao redor da estratosfera.
Em teoria, a poeira suspensa no ar criaria uma espécie de guarda-sol gigantesco, refletindo alguns dos raios solares e o calor de volta ao espaço, escurecendo aqueles raios que passam, e assim, “salvando” a Terra do suposto “aquecimento climático”.
O projeto, financiado por Bill Gates, está sendo desenvolvido por cientistas da Universidade de Harvard.
O teste inicial de US $ 3 milhões, conhecido como Experimento de Perturbação Controlada Estratosférica (Stratospheric Controlled Perturbation Experiment – SCoPEx) usaria um balão científico de alta altitude (ver foto acima) para elevar cerca de 2 kg de pó de carbonato de cálcio – o tamanho de um saco de farinha – para a atmosfera 19 km acima do deserto do Novo México, nos EUA.
De fato, os planos estão tão avançados que os experimentos iniciais de “nuvens do céu” deveriam ter começado meses atrás.
Os experimentos semeariam uma área de céu em forma de tubo com 800 metros de comprimento e 100 metros de diâmetro. Durante as 24 horas seguintes, o balão seria dirigido por hélices através dessa nuvem artificial, seus sensores a bordo monitorando tanto a capacidade de reflexão do sol da poeira quanto seus efeitos no ar rarefeito ao redor.
No entanto, o projeto SCoPEx está paralisado, em meio a temores de que possa desencadear uma série desastrosa de reações em cadeia, criando um caos climático na forma de secas e furacões graves e levando a morte de milhões de pessoas em todo o mundo.
Segundo o Daily Mail, um painel consultivo de especialistas independentes deve avaliar todos os possíveis riscos associados ao projeto de Bill Gates. Pois, criar o que equivale a um guarda-sol gigante para a Terra pode ter um preço alto, apresentando riscos e danos irreversíveis.
O ser humano não vive sem o Sol, de onde nós também extraímos a vitamina D, essencial para bom desenvolvimento dos ossos e para a prevenção de certas doenças. É o Sol que nos dá calor, luz e nos faz estar mais bem dispostos. É o sol que faz crescer os vegetais e os frutos que nos servem de alimento. Sem o sol não haveria vida na Terra. Por isso, impedir que raios solares cheguem à Terra, poderia baixar a nossa imunidade, propiciando o surgimento e o agravamento de doenças.
Outro temor é que espalhar poeira na estratosfera possa danificar a camada de ozônio que nos protege da radiação ultravioleta perigosa que pode danificar o DNA humano e causar câncer.
Os climatologistas também estão preocupados que tais remendos possam interromper involuntariamente a circulação das correntes oceânicas que regulam nosso clima. Isso por si só poderia desencadear um surto global de eventos climáticos extremos que podem devastar terras agrícolas, exterminar espécies inteiras e promover epidemias de doenças.
O potencial de desastre não termina aí. Tentar diminuir os raios do Sol provavelmente criaria cenários favoráveis a certas regiões do planeta, mas grandes secas em outras, como por exemplo, na África. Pois não é possível mudar a temperatura em uma parte do mundo e não perturbar uma outra. Tudo no clima do mundo está interligado.
Além disso, uma mudança na temperatura média global, por sua vez, mudaria a maneira como o calor é distribuído ao redor do globo, com alguns lugares aquecendo mais do que outros.
Isso, por sua vez, afetaria os níveis de chuva. O calor impulsiona o ciclo da água – no qual a água evapora, forma nuvens e cai como chuva. Qualquer alteração de calor causaria uma mudança nos padrões de chuva. Mas como e onde exatamente não há como prever.
A tecnologia pode até desencadear guerras terríveis. Pois, mexer no clima poderia elevar ao alto o potencial de suspeita internacional e conflito armado.
Digamos, por exemplo, que o governo comunista chinês – que já tem feito experiências com tecnologias que alteram o clima – usou seu crescente conhecimento científico da era espacial para tentar espanar a estratosfera para proteger seus próprios rendimentos agrícolas. Então, dois anos depois, as monções falham na vizinha Índia, causando fome e doenças generalizadas. Mesmo se a ação chinesa não tivesse realmente causado o fim das monções, bilhões os culpariam.
Existe um perigo adicional. A tecnologia envolvida é sedutoramente barata, talvez menos de US $ 10 bilhões por ano. Isso significa que uma nação individual pode usá-la para seus próprios fins – talvez como arma de guerra ou chantagem.
O que impede um governo comunista como o da China de interferir em nosso clima por interesses geopolíticos e econômicos?
Questões ainda maiores surgem. Como se desliga um sistema de “refrigeração global”? E que consequências imprevistas surgiriam se o desligamento fosse feito de repente?
Este projeto de Bill Gates de “salvar” a Terra parece ter muito potencial para se tornar um pesadelo global. “Brincar de ser Deus” poderá levar a consequências desastrosas e a longo prazo.