Caso Aztec: outro classico ufológico. Mistério Resumo.

No post de hoje vamos abordar um assunto que, talvez, seja o caso ufológico mais famoso depois de Roswell. Trata-se do chamado “caso Aztec”, algumas vezes conhecido como “incidente de Aztec”. Este caso ainda levanta um caloroso debate entre ufólogos e militares, entre crédulos e céticos, pois há evidências de que tenha sido uma farsa, mas também possíveis evidências de que tenha sido verdade.


Em 1948, na cidade de Aztec, no estado do Novo México, nos Estados Unidos, surgiu uma história às vezes conhecida como “o outro Roswell” – isso porque ocorreu pouco tempo depois do famosíssimo incidente de um Ovni na cidade de Roswell. De acordo com os militares, o caso trata-se da possível queda de um falso disco voador e assunto do livro “Por trás dos discos voadores”, de Frank Scully, um famoso ufólogo da década de 1950.

O possível incidente sendo narrado...
No início de março do ano de 1948, um objeto voador não-identificado foi relatado sobrevoando a região do Laboratório Nacional Aeronáutico de Los Alamos, no Novo México. Aproximadamente duas semanas depois, em 25 de março, no Cânion Hart, um Ovni similar foi relatado aterrissando depois de quase ter sido atingido por equipamentos militares secretos instalados no deserto. Supostas testemunhas afirmaram que dezesseis humanoides mortos foram encontrados perto da aeronave e a aeronave por si mesma teria 30 metros de diâmetro, o que seria o maior disco voador encontrado até então, um caso superior em curiosidade ao de Roswell.

A espaçonave teria sido feita com um material que não esquentava. E todos os humanoides encontrados pareciam ser crianças. Outros relatórios supostamente feitos pelos militares parecem ter sido mais bem detalhados: as criaturas aliens teriam 90 centímetros de tamanho e cerca de 20 quilos de massa.


As testemunhas afirmaram à época que logo depois de o Ovni ter sido abatido, vários jipes militares apareceram, isolaram e limparam a área de evidência, inclusive os corpos dos aliens e o disco voador. Em sequência, teriam sido levados ao famoso Hangar 18, na Base Aérea Wright-Patterson, que seria o local de desova de aliens e discos voadores capturados (recentemente, neste blog, falamos um pouco sobre a história envolvendo este hangar, nesta base aérea).

Alguns ufólogos dizem que o caso Aztec abriu a estreita relação entre os militares norte-americanos e os alienígenas, juntando corpos para pesquisa e recolhendo possíveis Ovnis e Osnis para trabalhos de engenharia reversa. Ainda de acordo com o que foi narrado por Scully em seu livro, pelo menos 18 militares sofreram gravíssimos problemas de câncer ou morreram por altíssimos níveis nucleares em contato com o Ovni e os corpos humanoides.

Esse incidente deu à luz o Simpósio Ovni de Aztec, que ocorria anualmente na cidade de Aztec, de 1997 a 2002. Cientistas notáveis e outras pessoas de renome participaram dos debates e palestras, incluindo possíveis testemunhas do ocorrido em 1948, ufólogos, engenheiros da Nasa, aviadores, militares aposentados que estavam na ativa nesta época, entre outros.


A possível boataria...
Silas Newton e Leo Gebauer tinham viajado por Aztec na tentativa de vender dispositivos mecânicos desconhecidos que eles chamavam “doodlebugs”. Eles alegavam que esse maquinário poderia encontrar petróleo, gás natural e ouro, tudo baseado em tecnologia alien. Para sustentar suas alegações de tecnologia superior, relataram a queda de um disco voador por Frank Scully para algumas revistas de renome nos Estados Unidos. Na época, final dos anos 40, o caso foi publicado, mas não havia aparecido nenhuma testemunha. Quando o jornalista J.P. Cahn, jornalista do “San Francisco Chronicle”, pediu a Newron e Gebauer uma amostra desta suposta tecnologia alienígena, o que eles entregaram foi uma chapa de metal, que, quando testada em laboratório, era uma simples chapa de alumínio. Quatro anos mais tarde, a fraude foi revelada na revista “True”. Depois que o caso foi exposto na mídia, muitas vítimas da dupla vieram à tona. Uma das vítimas foi o milionário Herman Glader, que apresentou queixa formal na justiça. Por fim, os dois foram condenados por fraude em 1953.

De modo geral, Silas Newton e Leo Gebauer usaram o suposto enredo do caso Aztec para vender o equipamento “doodlebugs”, o que fez popularizar em todo território norte-americano a história deste suposto abatimento militar no Novo México. Foi graças a essa fraude que muitos céticos até a data atual entendem que o caso Aztec foi um tremendo engodo.

Memorando do FBI sobre o caso...
Em abril de 2010, entusiastas da ufologia descobriram o que se tornou mais bem conhecido como “Memorando Hottel”, que estava disponível a visitações no site de arquivos do FBI. No entanto, o memorando nunca fora classificado, e não chegou a entrar na história da ufologia clássica porque nunca havia despertado nenhum interesse.

O documento contém o testemunho de um homem chamado Guy Hottel, que era o agente do FBI no escritório de Washington nos anos 40 e 50. As páginas eram endereçadas a Edgar Hoover e anexadas aos arquivos do FBI. Mais tarde descobriu-se que a história de Hottel era o testemunho de um outro testemunho de 06 de janeiro de 1950, em um artigo publicado em Kansas City. Por si só o testemunho do jornal era a história de um vendedor de carro e de um radialista local.


Depois que se popularizou o “Memorando Hottel”, em dois anos ele recebeu mais de dois milhões de visitações. Em 2013, finalmente, o FBI passou um comunicado oficial à imprensa falando sobre este documento. De acordo com o comunicado, “o memorando não prova a existência de discos voadores; trata-se somente de uma história investigada em terceira versão, contada a uma pessoa, que contou para outra, e para outra e finalmente até Hottel, mas nunca investigada pelo FBI, sendo deixada no arquivo morto. Algumas pessoas creem que o memorando repete uma boataria que circulava nos Estados Unidos naquele tempo, mas o escritório do FBI não tem nenhuma informação para verificar essa teoria”.

Mais sobre o incidente de Aztec...
Entre a segunda metade da década de 50 até o início da década de 70, a maior parte dos investigadores ufológicos considerou o assunto com certo ceticismo e até chegou a evitar comentar sobre ele, por causa da bruma de boataria. Entretanto, no final dos anos 70, Leonard Stringfield propôs que não somente o incidente era real, mas que a aeronave capturada era apenas uma de muitas outras preservadas pelo Exército dos Estados Unidos. Mais tarde, na década de 80, muitos livros foram escritos e o assunto explorado exaustivamente; nos anos 90 foi a vez da série de documentários de TV instigando as pessoas a raciocinarem se o caso Aztec era um fato ou uma farsa.

Em 2011, um livro publicado nos Estados Unidos trouxe duas versões para o referido caso: (1) tratava-se de um experimento secreto da Aeronáutica, bem característico do período de anos de chumbo da Guerra Fria, quando havia muita espionagem entre os Estados Unidos e a União Soviética e ação do Comitê do Macartismo (contra possíveis comunistas em território norte-americano); ou então (2): a tentativa de criação de um novo caso Roswell para colocar Aztec num roteiro turístico curioso, uma vez que a comunidade de Roswell passou a ganhar muito dinheiro os visitantes e curiosos na história do clássico ufológico.
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